DIABETES TIPO 3 - VOCÊ JÁ OUVIU FALAR.

Diabetes Tipo 3 -  Você Já Ouviu Falar.

As duas formas conhecidas de diabetes são Diabete tipo-1 e Diabete tipo-2

O tipo 1 é o mais raro (10% dos casos). Ocorre quando o sistema imunológico destrói as células do pâncreas que produzem o hormônio insulina. A medicina o define como uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas produtoras de insulina. 

Esse hormônio permite a entrada de glicose nas células reduzindo a glicemia no sangue. As pessoas com essas enfermidades ficam dependentes desse hormônio e tomam várias picadas de agulha durante o dia para normalizar a glicemia. Sem as doses desse hormônio artificial elas simplesmente não sobrevivem. 

O tipo 2 ocorre em cerca de 80% das pessoas que estão acima do peso. Quando o diabético fica com sobrepeso, se torna mais difícil manter os níveis ideais de açúcar no sangue. Até pouco tempo atrás, o tipo 2 se manifestava sobretudo em pessoas com mais de 45 anos e, por isso, era conhecido pelo nome de "diabetes senil". 

Hoje, não existe limite de idade para ele aparecer. As crianças agora estão na lista dos registros dos órgãos de saúde. Esse tipo 2 está mais relacionado ao sedentarismo, alimentação e estilo de vida.

O tipo 3 é desconhecido para 99,9% dos médicos, muitos deles não sabem nada sobre o assunto. Na verdade, no início de janeiro de 2005, a doença de Alzheimer foi provisoriamente chamada de "diabetes tipo 3”, quando os pesquisadores perceberam que o pâncreas não é o único órgão que produz insulina no nosso corpo.

O nosso cérebro também produz insulina, e ela é necessária para a sobrevivência das células do cérebro. Curiosamente, baixos níveis de insulina em nosso sangue estão associados a uma melhor saúde, mas quando se refere à insulina no cérebro, é completamente o oposto.

Baixa produção de insulina no cérebro contribui para a degeneração das células cerebrais e estudos descobriram que muitas vezes as pessoas com baixos níveis de receptores de insulina sanguínea e insulina cerebral, padecem de Alzheimer.

A glicose é um tipo de açúcar que funciona como combustível essencial para o cérebro. Estudos recentes nos mostra que quando a oferta de glicose está baixa no cérebro, ocorre um impacto negativo na memória, na função cognitiva no aprendizado e no decorrer do tempo potencializa-se na má performance cognitiva. 

A glicose é mais necessária quando se exige mais do cérebro em tarefas mentais desafiantes. Por esta razão é mais interessante ter sempre níveis de glicose dentro dos valores exigidos para a prevenção do Alzhaeimer e outros transtornos mentais.
De modo semelhante, um estudo em 2004 verificou que as pessoas com diabetes têm um 65% mais risco elevado de desenvolver a doença de Alzheimer.

Pesquisadores estão fazendo uma associação entre Alzheimer e resistência a insulínica desde o ano de 2002. E sabe-se que além do pâncreas o cérebro também produz insulina para manter a sobrevida das células neuronais. 

Insulina basal baixa no corpo é preditor de boa condição de saúde, mas quando pensamos no cérebro a insulina baixa é ruim, pois contribui para o aumento da degeneração das células cerebrais.

Estudo publicado em 2004, concluiu que indivíduo diabético tem baixa quantidade de receptores de insulina cerebral e têm 65% de risco em desenvolver o mal de Alzheimer. 

A resistência à insulina e ou o diabetes promove um aceleramento na formação da proteína beta-amilóide aumentando os níveis dessa placa que se acumula no cérebro de indivíduos portadores do mal de Alzheimer, como também há uma correlação entre o índice de massa corporal e níveis elevados da placa beta-amilóides.

O aumento dessa placa no cérebro desses indivíduos contribui para a destruição de dezenas de células nervosas, contribuindo para a perda progressiva da memória, cognição e problemas comportamentais.

135 pessoas, de 10 a 15 anos, 16% deles desenvolveram a doença de Alzheimer antes de morrer, e a autópsia mostrou que todos tinham placas beta-amilóides em seus cérebros.Já 72% dos indivíduos com resistência à insulina também tinha placa beta-amilóides e também 62% que não tinham resistência à insulina, mas tinha níveis muito elevados de açúcar no sangue.

Os autores acreditam que a resistência à insulina acelera o desenvolvimento da placa, portanto, acelera e aumenta o risco de desenvolver a doença de Alzheimer com a idade.

Fatores genéticos podem aumentar ou diminuir o seu risco.

Uma investigação sobre Alzheimer publicada em 2003, revelou que o número de indivíduos com diabetes e Alzheimer pode ser muito maior porque as pessoas com demência vascular foram excluídas do diagnóstico para Alzheimer.
Pessoas com ou sem diabetes podem aumentar o risco de desenvolver demência se ativar o gatilho dos gens que desencadeiam a doença, dependendo do estilo de vida adotado.

O autor disse:

"Quando estamos incluindo pessoas com doença vascular cerebral, a diabetes está associada a um aumento do risco de doença de Alzheimer. Os estudos que examinaram a glico-regulação periférica na doença de Alzheimer não são consistentes, mas alguns mostram de pequena a moderadas alterações na sensibilidade a insulina.

Um estudo recente sugere que pessoas com ambas as diabetes com o alelo ApoE4, têm o dobro do risco de desenvolver a doença de Alzheimer do que as pessoas com alelo ApoE4 sem diabetes.

Embora a diabetes não produza nenhuma das patologias habituais cerebrais relacionadas com a doença de Alzheimer, outro estudo mostrou que o diabetes aumenta dramaticamente os depósitos da proteína beta-amilóides e emaranhados neurofibrilares em pessoas com o genótipo do alelo ApoE4.

No geral, os dados disponíveis sugerem que o diabetes é fator de risco para a doença de Alzheimer principalmente através de doenças cerebrovasculares que causam diabetes. 

Em pessoas que têm outros fatores de risco, tais como alelo ApoE4, e diabetes parece causar uma patologia mais séria da doença de Alzheimer 
".
O gene ApoE4 é conhecido por influenciar muitas doenças neurológicas, e é considerado um fator de alto risco para a doença de Alzheimer.  Portanto, se você tem este gene particular, e sofre de resistência à insulina ou diabetes, tem grande chance de desenvolver a doença de Alzheimer. 

Por outro lado, o fator genético não é determinante, porque se você tem risco para a demência, mas procura ter um estilo de vida saudável e não contrai resistência à insulina e diabetes, terá seu fator genético reduzido significativamente.

Fatores que podem causar Alzheimer.

A resistência à insulina e o diabetes é o principal fator conhecidos que contribuem para o aumento da demência, mas existem outros gatilhos que também podem causar ou aumentar o dano neurológico para a doença de Alzheimer, tais como:

1. Baixo ou nenhum consumo de omega-3
2. A contaminação por alumínio, a contaminação por mercúrio
3. Certos medicamentos 

Os anticolinérgicos são uma classe de remédios que têm sido associadas a um risco aumentado de demência e doença de Alzheimer. Os anticolinérgicos incluem analgésicos, anti-histamínicos e outros remédios usados para dormir.

Esses remédios além dos efeitos colaterais, bloqueiam um neurotransmissor cerebral chamado acetilcolina. Pessoas que sofrem de Alzheimer têm, geralmente, uma deficiência acentuada de acetilcolina, que aumenta o comprometimento cognitivo.

Para quem não possui o gene específico, o alelo ApoE4(que predispõe a doenças neurológicas).

E toma dois desses remédios aumenta o risco de maior comprometimento cognitivo em sete vezes mais, portanto, embora possa não ter a predisposição genética, o uso desses remédios pode predispor a desenvolver a doença, mas se adotar uma alimentação e estilo de vida saudável podem ajudar a superar o fator genético prejudicial. 

É um exemplo de como um estilo de vida saudável e usar só remédios indispensáveis, poderá se manter afastado desse terrível mal.

Recomendações para prevenir Alzheimer.

Como para qualquer doença, a prevenção é o melhor remédio. A ciência está nos mostrando o caminho todos os dias, fornecendo evidencias científicas para se manter longe desse mal. E as minhas recomendações são baseadas nesses estudos.

1 ter hábitos de vida e alimentação saudável, praticar exercícios no mínimo duas vezes na semana, dormir cedo no escuro total, andar descalço na terra e tomar sol, ficar longe do estresse, drogas, álcool e reduzir os carboidratos refinados. 

Combater a resistência a insulina, leptina e diabetes, são fatores responsáveis de quase todas as doenças crônicas conhecidas pelo homem.

2.Evite açúcares e grãos, especialmente a frutose. Uma dieta nutritiva baixa em frutose, e carboidratos de baixo valor glicêmico, grãos e legumes frescos (que têm um alto teor de ácido fólico), é uma das melhores coisas que você pode fazer para prevenir diabetes, demência e outras séries doença crônica.

3.Consumir gorduras omega-3 de origem animal, de alta qualidade. Eu recomendo o consumo de óleo de krill ou óleo de bacalhau, óleo de chia, óleo de linhaça, sardinha, salmão, arenque ou cápsula de ômega-3, necessários para alcançar uma boa saúde e para combater a doença de Alzheimer.

4.Aumentar a ingestão de antioxidantes. Por exemplo, amoras, maças, Gogi berry, mirtilos, Cran berry, tomates, uvas, morangos, repolho roxo, jabuticaba, açaí, cacau são elevadas em antioxidantes e antocianinas, que são conhecidos para proteger contra a doença de Alzheimer e outras doenças neurológicas.

5.Exercício. Nós todos sabemos que o exercício é bom para o nosso sistema cardiovascular, mas estudos descobriram que o exercício também pode proteger o cérebro, evitando assim que a doença de Alzheimer e outras formas de demência.

De acordo com o estudo, as chances de desenvolver Alzheimer eram quase quatro vezes em pessoas que eram menos ativas durante seu tempo de lazer, que tinham entre 20 e 60 anos de idade, em comparação com seus pares.

Como uma alimentação saudável, atividade física regular são uma das ações que podem melhorar significativamente em muitos aspectos a qualidade da sua saúde física e emocional. 

Para os idosos, atividades simples como caminhar e levantamento de peso leve, provavelmente você vai proporcionar benefícios. Para aqueles que são mais jovens, o exercício mais vigoroso poderia aumentar os benefícios.

1.Evitar e remover o mercúrio do seu corpo. Mesmo pequena quantidade de mercúrio pode fazer com que o tipo de danos aos nervos que é característica do dano causado pela doença de Alzheimer.

2.Amálgamas dentárias são uma importante fonte de mercúrio, no entanto, deve encontrar um dentista biológico para remover seus amálgamas.

3.Outras fontes de mercúrio incluem a maioria dos frutos do mar, vacinas contendo timerosol e vacinas contra a gripe, que contêm mercúrio e alumínio.

4.Evitar alumínio. O alumínio é amplamente associado com a doença de Alzheimer. Suas principais fontes de exposição são, possivelmente através da água potável e antitranspirantes.

5.As panelas de alumínio também pode ser uma fonte de exposição. Apesar de panelas de alumínio são provavelmente menos problemática do que as fontes acima, eu pessoalmente não iria usar panelas de alumínio.

6.Desafie sua mente. Estimulação mental, como viajar, aprender uma nova língua, tocar um instrumento, fazer certas coisas usando a mão esquerda (escovar os dentes, tomar banho com os olhos fechados) ou fazer palavras cruzadas, está relacionado com um menor risco de doença de Alzheimer. 

Os investigadores suspeitam que desafio mental ajuda a desenvolver o seu cérebro, por isso é menos suscetível a lesões relacionadas com a doença de Alzheimer.

Referências:

1.www.eurekalert.org/pub_releases/2005-03/l-rdl030205.php
2.Peters A (2011). The Selfish Brain: competition for energy resources. American Journal of Human Biology 23:29-34.
3.www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20542932
4.www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1474442203003053
5.Peters A, Kubera B, Hubold C, et al. (2011). The Selfish Brain: Stress and eating behavior. Frontiers in Neuroscience 5(74):1-11.
6.www.strokecenter.org/professionals/stroke-diagnosis/stroke-assessment-scales/ninds-airen-criteria-for-the-diagnosis-of-vascular-dementia/
7.www2.med.umich.edu/prmc/media/newsroom/details.cfm?ID=1207
8.Riby LM, Law AS, Mclaughlin J, et al. (2011). Preliminary evidence that glucose ingestion facilitates prospective memory performance. Nutrition Research 31(5):370-377.
9.www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Neurology%22%5BJour%5D+AND+2010/07/13%5Bpdat%5D+AND+Boustani%5Bauthor%5D&cmd=detailssearch




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