A glândula não passa do tamanho de uma noz, mais ou menos 20 gramas, é a grande assombração da vida do homem, localiza-se abaixo da bexiga e anterior ao reto, sua função mais importante é no momento da reprodução. Os espermatozoides saem dos testículos, passam pelas vesículas seminais onde recebem um banho de frutose, vitamina C e prostaglandina e chegam à próstata onde libera enzima, ácido cítrico e zinco à mistura, que se transforma no seu esperma.
com o avanço da idade a partir dos 40 anos a próstata passa a ficar meio sem função e poderá a apresentar problemas, os mais comuns são a prostatite e a hiperplasia benigna: a primeira é uma inflamação (às vezes causada por bactérias), facilmente tratável; a segunda, um aumento anormal da glândula, que, apesar de benigno, comprime a uretra e provoca dificuldades de micção e sobrecargas na bexiga, forçando o homem a urinar varias vezes durante a noite, por último o câncer, o mais grave.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o segundo tumor mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele. A partir dos 50 anos, o risco de aparecer o câncer aumenta consideravelmente e, a partir dos 80 anos, mais da metade dos homens poderá apresentar a doença.
O envelhecimento, história familiar e a raça são fatores determinantes para o aparecimento do câncer. A raça negra tem maior prevalência no surgimento de tumores.
Preconceito x Sobrevivência
O teste de PSA isolado não é suficiente para o diagnóstico preciso de um câncer – a hiperplasia também altera a contagem do PSA. Em 20% dos casos é possível detectar o mal por meio dessa forma isoladamente. Por isso é necessário o toque retal, para sentir a textura da glândula, ela deve está macia ao toque e se estiver endurecida, já será necessário a biopsia.(sensibilidade da ponta do dedo do médico é mais importante do que qualquer teste de laboratório) A dosagem do PSA e as avaliações periódicas, com exame de toque, contribuem para o diagnóstico em fase precoce. Mas muitos pacientes relutam em realizar tais exames, embora eles não afetem a função sexual ou a virilidade.
O valor normal para o PSA seria, para um homem sadio, um índice de até 4 ng/ml. Mas o câncer pode aparecer mesmo quando este valor está abaixo disso. Um estudo realizado nos EUA como parte do Ensaio Sobre a Prevenção do Câncer de Próstata acompanhou 2 950 homens durante sete anos; em nenhum deles o nível de PSA passou de 4 ng/ml, porém, 15% desenvolveram câncer. Outra estudo, da Escola de Medicina Johns Hopkins (EUA), concluiu que a velocidade com que os níveis de PSA eventualmente crescem pode ser um marcador mais confiável do que o próprio crescimento. Eis o motivo da importância de visitas frequente ao seu médico.
Saiba se você está no maior grupo de risco da doença...
O risco de contrair um tumor dobra se um homem teve um parente de primeiro grau com a doença (e se multiplica por seis se forem dois parentes). Por isso, quem tem histórico familiar deve passar por avaliações anuais de toque retal e PSA a partir dos 40 anos; os demais, a partir dos 50. Sabe-se que, estilo de vida e fatores ambientais, como sedentarismo, dieta rica em gorduras animais e estresse, são determinantes e respondem por 90% dos casos de desenvolvimento de câncer de próstata. Outros 10% aparecem ligados à herança genética.
Dez maneiras de otimizar a sua próstata.
1º) Beba café ou chá.
Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA), descobriram que homens que bebiam seis ou mais xícaras de café por dia tinham 59% menos risco de desenvolver câncer avançado, em comparação aos que passavam direto pela máquina. Pode ser qualquer tipo, tradicional, descafeinado, expresso. Como também, Chá verde e erva mate, duas xicaras ao dia, idem para o café, acima disso poderá apresentar outros problemas de saúde.
2º) Exercite sua glândula
Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (EUA) analisou dados de quase 30 mil homens e descobriu que aqueles que tinham pelo menos 21 orgasmos por mês apresentavam 30% menos risco de tumores na glândula, contra aqueles que tinha uma frequência de quatro a sete vezes no mesmo período. Na dúvida, diga à sua parceira que são ordens médicas, ou masturbe-se. Outra forma de exercício é o trabalho de perna, Abdutor/Aductor, e contrair as nádegas por 30 vezes após o sexo, massageia a próstata.
3º) Aposte no tomate e frutas vermelhas
Desde os 90, uma pesquisa de Harvard, e estudos subsequentes confirmaram o poder do vermelho. O crédito é dado ao carotenoide denominado licopeno, pigmento presente nas frutas vermelhas e algumas verduras, o mais conhecido é o tomate, o qual se torna ainda mais potente quando cozido(extrato de tomate, sem glutamato monossódico), melancia, caqui, açaí, suco de uva ou vinho tinto. goiaba, o mamão, a pitanga, etc.
Um copo de suco de cenoura tem 5 mg de licopeno;
Uma colher de sopa de salsa contém 5 mg ;
Uma xícara de repolho roxo cru tem 14 mg;
Melancia uma fatia tem cerca de 13 mg do antioxidante
4º) Fique longe das frituras e refrigerantes.
Homens com níveis mais altos de gorduras trans no sangue têm duas vezes mais risco de câncer. Os ácidos presentes nesse tipo de gordura pioram inflamações e aumentam a resistência à insulina, fatores que podem desempenhar papel crucial no desenvolvimento da doença. Evite margarinas, frituras e produtos com gordura hidrogenada.
5º) Mexa-se.
Exercícios reduzem o risco de formas fatais de câncer de próstata em 41%, concluiu um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard. Mais: entre os sobreviventes da doença, aqueles que se exercitavam vigorosamente (com aeróbicos) durante cinco horas semanais tiveram possibilidade 56% menor de morrer por causa da doença.
6º) Coma mais peixes.
Peixes não têm próstata – mas, se tivessem a glândula, certamente não sofreriam de câncer nela. Em estudos realizados em animais de laboratório, os ácidos DHA e EPA do ômega-3,e linhaça presentes no óleo de peixe, inibiram tumores. Outro estudo de Harvard descobriu que homens que comem peixe três vezes por semana reduzem o risco de tumores agressivos de próstata em 25%.
7º) Valorize as crucíferas, brócolis e repolho.
Estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute (EUA) demonstrou que homens que comeram três ou mais porções diárias de crucíferas (brócolis, mostarda, couve, repolho…) apresentaram risco 41% menor de ter câncer de próstata do que os que comeram uma porção ou menos. Isso graças aos glucosinolatos, fitoquímicos que ativam enzimas que neutralizam agentes carcinógenos, esses compostos se perdem quando as verduras são cozidas, então é melhor comê-las cruas ou levemente refogadas.
8) Consuma nozes, sementes, clara de ovo e óleos, linhaça, otimizar os níveis de vitaminas E, D, Selênio e o Zinco( castanha-do-pará, na noz-pecã, nos frutos do mar), aves, carnes vermelhas e grãos.
9) Evite consumir carnes de churrasco, leite e derivados e carnes processadas(embutidos, presunto, tender, salame, etc)
10) Controlar os níveis de insulina, através de dieta de baixo índice glicêmico, eliminar o açúcar, tanto quanto possível, porque já está comprovado que a glicose alimenta as células cancerígenas.
É necessário o consumo de pelo menos cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes na proporção da palma de uma mão.
Esses hábitos auxilia desde a prevenção de diabetes, hipertensão arterial e até do câncer de forma geral.
A saúde integral é consequência de uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e a participação em atividades sociais, espirituais e intelectuais, é, portanto, reflexo de como a cada pessoa cuida de sua vida.
Obs: Se você não encontrar tempo de cuidar de sua saúde, consequentemente no futuro terá que conseguir tempo pra cuidar de sua doença! Pense nisso!
Referencias:
MACHADO, C.X. Tomate: o papel do licopeno na proteção antioxidante. 2005. 13 f. (Monografia da disciplina Estresse Oxidativo em Sistemas Biológicos) - Departamento de Biofísica, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/LEO/monografiaTomateclaudio.pdf >
COSTA, P.R.F. da; MONTEIRO, A.R.G. Benefícios dos Antioxidantes na Alimentação. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 1, pp. 87-90, jan./abr. 2009. Disponível em: <http://www.cesumar.br/pesquisa/periodicos/index.php/saudpesq/article/view/996/727>
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