Descubra Onde se Esconde a Gordura Trans no seu Alimento


A gordura trans ganhou destaque na indústria de panificação por ser de baixo custo, aumentar o tempo de prateleira dos produtos, por destacar o sabor e texturas das massas,. É um produto artificial que não existe na natureza, o nosso corpo não consegue metaboliza-lá, e assim fica circulando livremente no sangue onde se liga a outros elementos, danificando o interior das paredes das vasos e artérias e interferindo negativamente no metabolismo do colesterol, aumentando os valores do LDL e diminuindo o HDL(Bom) contribuindo significativamente para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis(DCNT)

A brecha nas entrelinhas da legislação brasileira permitem que as indústrias possam esconder a quantidade de gordura trans inseridas nos alimentos de fast-food, biscoitos de sal e doce, bolos, batatas fritas, miojo, doritos, chips, pipoca de microondas, sorvetes, todos produtos de panificação, creme vegetal, margarinas,  e nas marcas Doriana® e Becel®, que são feitas com gorduras interesterificadas,(na fabricação dessa gordura se usa catalisadores e os mais aplicados, por serem mais baratos são, o metóxido de sódio ou o etóxido de sódio, o sódio metálico ou a liga sódio-potássio que são solventes altamente tóxicos e danosos a saúde. 

Poderiam usar enzimas, mas são caras e levam muito tempo para finalizar o processo, tornando-se inviável).Todos esses produtos vem com a advertência nas embalagens em letras destacadas “LIVRE DE GORDURA TRANS”. “ZERO TRANS”. Acontece, que a Anvisa permite que alimentos que contenham menos de 0,2 gramas por porção de gordura trans, pode declarar nas embalagens que são “livres” desse veneno. Mas por outro lado não ficou estabelecido na legislação qual seria o tamanho ideal da porção, o que demonstra, por exemplo, que um produto feito com gorduras vegetal hidrogenada(trans) que tenha a porção sugerida de 30 gramas, o que corresponde a 2,5 biscoitos, esteja dentro da classificação de isenta de gordura trans. 

Ocorre, que a porção que o fabricante informa nem sempre é a que o consumidor costumar comer, dificilmente alguém abriria um pacote de biscoito pra comer apenas três biscoitinhos em um dia, as crianças costumam consumir metade de um pacote, portanto, quem consumir acima de três biscoitinhos no dia estará ingerindo gordura trans em excesso e correndo risco de no futuro apresentar problemas de saúde, imaginem vocês se contabilizarmos o total só de biscoitos ingerido em um ano?

Vejam na representação abaixo dois produtos do mesmo fabricante, o Club Social tradicional, e o Club Social Mini, entre eles o que difere é apenas o tamanho do biscoito. No 1º a informação do pacote apresenta a porção com 26g(3 unidades), onde a quantidade de gordura trans é 0g para uma porção. No 2º pacote a informação da porção na embalagem é de 50g(50 unidades) e neste a gordura trans o valor é de 0,3g. ambos os pacotes tem a mesma quantidade de gordura trans, mas como no primeiro a quantidade é de aproximadamente 0,15g menor que o valor permitido pela Lei, de 0,2g/porção, a Anvisa permite que o fabricante possa desconsiderar esta quantidade, e assim informar na embalagem que o seu produto é “livre de gordura trans”. Concluindo: como não temos a cultura de ler as informações das embalagens, o consumidor menos atento(a maioria) está pagando caro para ser envenenado dia pós dia...

Como se livrar dessa porcaria? Primeiro é não consumir esses produtos e optar por outros que sejam isentos de trans. Segundo é aprender a ler rótulos dos produtos e saber identificar as formas de apresentação dessa gordura venenosa na lista de ingredientes das embalagens. Outra alternativa é valorizar os produtos que realmente não usam nada de gordura,  ou usam óleo de coco, óleo de palma(dendê) que são naturalmente livres de gorduras trans, pois não precisão ser hidrogenados para ficar em estado sólido. Mas alguém vai pensar e dizer é “descobrir um santo pra cobrir outro”, esses dois óleos tem gorduras saturadas que entope artérias do coração.

Não é verdade, os interesses das multinacionais fabricantes de remédios vem nos enganado há 60 anos, porque até o presente momento não existe nenhum trabalho científico que mostre a relação direta entre gordura saturada e aumento do colesterol. Colesterol não é gordura. Ele é um esterol(álcool) com forma igual a de um hormônio, que fica hidrossolúvel quando ligado por uma lipoproteína e portanto, não forma placa de ateroma nos vasos. Essa é uma discursão longa que vou discorrer com mais detalhes em outra postagem.
Segue abaixo uma lista com vários nomes diferentes, onde se esconde a perigosa gordura trans. Vejam quais são: óleo vegetal parcialmente hidrogenado (óleo de cozinha que quando aquecido se transforma em gordura trans.

- Gordura vegetal
- Gordura hidrogenada
- Gordura vegetal de girassol
- Gordura vegetal de soja
- Gordura vegetal hidrogenada
- Gordura hidrogenada de soja
- Gordura parcialmente hidrogenada
- Gordura vegetal parcialmente hidrogenada
- Gordura de soja parcialmente hidrogenada
- Gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada
- Creme vegetal
- Margarina
- Margarina vegetal
- Margarina vegetal hidrogenada
- Óleo de milho hidrogenado
- Óleo vegetal de algodão e girassol
- Óleo de Soja e palma hidrogenado
- Óleo vegetal hidrogenado
- Óleo vegetal líquido e hidrogenado
- Composto lácteo com gordura vegetal
- Mistura láctea para bebidas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pretende no futuro fazer um novo estudo para reavaliar as diretrizes que regulamenta as regras das rotulagens.
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Referências consultadas:
DAVID, Marília Luz. “0% gordura trans”: uma análise da construção de riscos alimentares.Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina em 2011
Imagem, www.saude.com.br
Kendrick, M. “The Great Cholesterol Con”. 2007
SILVEIRA, Bruna Maria. Informação alimentar e nutricional da gordura trans em rótulos de produtos alimentícios industrializados. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina em 2011.





























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